BIOGRAFIA
O Metropolita Dom Damaskinos Mansour nasceu em Damasco - Síria, em 1.949, filho de Youssef Mansour. Seu nome civil é Samih Mansour. Fez os estudos elementares na Escola São João Damasceno, em Damasco.
Viveu no Líbano de 1.960 a 1.975; de 1.960 a 1.970 cursando a Escola Secundária de Balamand, no Líbano, onde foi aluno de Sua Beatitude o Patriarca Ignátios IV, que então era superior do Mosteiro e do seminário.
No período de 1.970 a 1.974 fez os estudos acadêmicos, alcançando Licenciatura em Teologia pela Universidade de Balamand e Licenciatura em Literatura Árabe pela Universidade Libanesa de Beirute. Nessa mesma época foi professor de Catequese nas escolas da Arquidiocese de Trípoli e no Seminário Patriarcal no Líbano, sendo ordenado Diácono por Sua Beatitude, o Patriarca da Igreja Antioquina, Elias IV, em 08 de dezembro de 1.974, dia da formatura.
Após a Ordenação Diaconal foi nomeado auxiliar do reitor da Faculdade Teológica São João Damasceno de Balamand e Diácono-Prefeito dos alunos, funções que continuou a exercer na Universidade de Tessalônica - Grécia, quando a Faculdade Teológica São João Damasceno foi para lá transferida devido à guerra civil no Líbano, tendo para lá retornado em 1.980, quando da reabertura da Faculdade de Teologia.
De 1.976 a 1.980 fez o Mestrado em Teologia pela Universidade de Tessalônica, na Grécia, obtendo também Licenciatura em Liturgia e Arte Bizantina na mesma e Biblioteconomia pelo Instituto de Estudos Balcânicos.
Obteve Licenciatura em Música Bizantina pela Escola Eclesiástica Superior de Tessalônica, na Grécia e nesse período foi diretor e professor na extensão da Escola Teológica da Universidade de Balamand, que funcionou temporariamente na Grécia. Foi ordenado Sacerdote na Igreja de Santa Sofia, na Grécia, em 1.976 pelo Metropolita Panteleimon Rodopoulos, do Patriarcado Ecumênico.
De 1.980 a 1.988 esteve a serviço no Patriarcado Antioquino em Damasco; foi orador do Patriarcado e professor no Colégio Patriarcal e em outras escolas de Damasco.
Em 1.984, pelas atividades exercidas, recebeu o título de Arquimandrita, por Sua Beatitude o Patriarca Ignátios IV. Foi diretor de coro e professor de Música Eclesiástica na Arquidiocese de Damasco e responsável pela edição e publicação do periódico semanal do Patriarcado, por quatro anos. De 1.988 a 1.992 foi, ainda, Vigário Arquiepiscopal da Arquidiocese de Akkar.
Em 1.992 foi eleito e sagrado Bispo Auxiliar para a Arquidiocese de São Paulo - Brasil.
Em 1.997 foi eleito unanimemente, pelo Santo Sínodo Antioquino, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Paulo e todo o Brasil, sucedendo o saudoso Metropolita Dom Ignátios Ferzli, tomando posse solenemente na Catedral Ortodoxa de São Paulo.
Participou de vários encontros Conciliares Ecumênicos, bem como Cristãos e Islâmicos, como representante da Faculdade Teológica de Balamand, da Arquidiocese de Akkar e do Patriarcado Antioquino.
Quando chegou ao Brasil em 1.992, Sua Eminência acolheu toda a comunidade sírio-libanesa, sem discriminar entre cristãos e muçulmanos, trabalhando sob uma identidade árabe-oriental única, esforçando-se por fortalecer essa unidade tanto espiritual quanto patrioticamente.
A comunidade árabe se reuniu a seu lado, pois pode ver nele um Arcebispo que é pai para todos os cristãos, sejam orientais ou brasileiros, e amigo dos muçulmanos moderados.
O Metropolita Dom Damaskinos Mansour deu várias entrevistas à imprensa escrita, falada e televisiva, bem como tem publicados vários artigos de cunho religioso e político sobre a Síria, o Líbano, a Palestina e a Nação Árabe em geral, e participou ativamente, por várias vezes, nos Congressos Islâmicos da América Latina (incluso o Brasil), e Caribe.
Nos anos 90 participou, com o Clero da Catedral, do “Programa Ecumênico” exibido pela Rede Globo de Televisão durante três anos.
Foi, ainda, solenemente empossado como “Irmão Mesário” da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, instituição assistencial e hospitalar fundada em 1.560.
É portador de várias Comendas e Condecorações nacionais e internacionais de organizações e entidades religiosas, sociais e patrióticas: Condecoração de São Sérgio, do Patriarcado de Moscou, Comenda das Ordens Cavalheirescas de Santo Amaro e de São Lázaro de Jerusalém, Condecoração da Soberana Ordem do Mérito da Fraternidade Universal, com o título de “Guardião da Harmonia e Fraternidade Universal”, Grande Colar da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História, além de ter recebido muitas outras homenagens civis, como títulos e placas de várias paróquias e prefeituras no Brasil.
Em Agosto de 2012 recebeu o Título de Cidadão Paulistano outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo.
Recebeu a Medalha da Ordem do Ipiranga, honraria máxima do Governo do Estado de São Paulo das mãos do próprio governador Geraldo Alckmin no dia 03 de dezembro de 2017.
Fala fluentemente árabe, inglês, grego e português, e tem noções de francês. Fez estudos de hebraico e aramaico.
Além de seu trabalho pastoral por congregar e unir a comunidade ortodoxa no Brasil, especialmente sírio-libanesa, se dedica ainda a ser elemento de união entre todos os árabes e seus descendentes, propiciando oportunidades e ambiente para tanto, inclusive junto a entidades da comunidade, envolvendo cristãos e não cristãos. Igualmente tem se esforçado por tornar cada vez mais próximos os cristãos, com sua participação e da Igreja Antioquina, no movimento ecumênico, em várias atividades e momentos, tendo filiado a Igreja ao Movimento de Fraternidade de Igrejas Cristãs (MOFIC), representação do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) em São Paulo, com iniciativas em comum e celebrações ecumênicas na Catedral Ortodoxa Antioquina em São Paulo, e em paróquias da Arquidiocese, e participação em celebrações e atividades em outras Igrejas cristãs, especialmente na Catedral da Sé em São Paulo. Foi eleito em 2006 como membro do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas, junto ao qual atua pelo diálogo ecumênico e cooperação entre os cristãos e as várias Igrejas, em nível mundial.
Por iniciativa própria e com espírito de generosidade, propiciou a construção de escolas na Síria e Líbano, especialmente para os alunos mais necessitados, e igualmente arrecadou, com participação efetiva pessoal e da Igreja, auxílio financeiro enviado à Síria para socorro aos afligidos pelo estado de guerra que lá se estabeleceu nos últimos anos. Para tanto conclamou entidades da comunidade árabe a participar desse esforço, unindo-as numa campanha que resultou em considerável e contínua ajuda aos sírios atingidos naquele conflito, não só na forma direta de arrecadação de valores, mas também na promoção de eventos para arrecadar fundos, como, por exemplo, em uma apresentação de artistas da comunidade sírio-libanesa em prol do Hospital São Jorge de Beirute.
Ainda mais, com a vinda de grande número de cidadãos sírios ao Brasil, especialmente a São Paulo, acolhidos no Brasil como refugiados, o Arcebispo envidou e envida esforços para auxiliá-los, novamente liderando atividades que envolveram e envolvem pessoas em particular e entidades da comunidade, para propiciar aos refugiados um amplo apoio, como aluguel de residência, escola para as crianças, assistência médica, encaminhamento para colocação profissional, aulas de idioma português, etc.
Também é conhecida sua costumeira ajuda pessoal e através da Arquidiocese de São Paulo e todo o Brasil, para manter igrejas e mosteiros no Oriente, especialmente em momentos de maior dificuldade.